Vidro térmico é uma descoberta inovadora e recente. O material reflete até 99% da radiação solar e utiliza a técnica de resfriamento radiativo passivo, apresenta um potencial significativo para reduzir em 10% as emissões anuais de carbono de edifícios residenciais, sendo uma parte essencial na mitigação dos impactos do aumento das temperaturas e na construção de um mundo mais fresco e sustentável.

A tecnologia conhecida como refrigeração passiva, direciona o calor para o frio do espaço sem consumo de energia e recebeu recentemente um novo instrumento para auxiliar na mitigação dos impactos do aumento das temperaturas, o vidro térmico.

O vidro de resfriamento, tem a capacidade de diminuir a temperatura do material abaixo dele em 3,5 ºC ao meio-dia, apresentando um potencial significativo para reduzir em 10% as emissões anuais de carbono de um edifício residencial de altura média.

O revestimento reflete até 99% da radiação solar, evitando a absorção de calor por edifícios e residências. A eficácia desse processo ocorre através da reemissão do calor na forma de radiação infravermelha de ondas longas, transparente para a atmosfera terrestre.

Essa abordagem possibilita que o calor seja dissipado no espaço exterior extremamente frio, onde a temperatura é em torno de -270 ºC, apenas alguns graus acima do zero absoluto.

O segredo não reside tanto no material em si, mas sim na técnica de fabricação. Partículas de vidro finamente moídas atuam como aglutinante, eliminando a necessidade de polímeros presentes em outras soluções e, assim, aumentando a durabilidade a longo prazo do material.

A chave está na seleção precisa do tamanho das partículas, otimizando a emissão de calor infravermelho enquanto reflete a luz solar. Além disso, a moldagem do compósito é realizada de maneira a evitar a densificação da estrutura porosa criada pelas nanopartículas de vidro.

Um fator crucial para a aplicação prática deste novo vidro de resfriamento é sua estabilidade ambiental, resistindo à exposição à água, radiação ultravioleta, sujeira e até mesmo ao fogo, suportando temperaturas de até 1.000 ºC.

Com a capacidade de ser aplicado em diversas superfícies, como azulejos, tijolos e metal, essa tecnologia se torna adequada para uma ampla variedade de soluções arquitetônicas e de engenharia.

Fonte: Science